O Brasil teve 373 ocorrências de
violência política dirigidas a candidatos(as) ou políticos em exercício no 1º
turno das eleições deste ano, período iniciado em 16 de agosto e encerrado no
último domingo (06).
Os dados constam na atualização
da 3ª edição da pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”,
desenvolvida pelas organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global e
lançada nesta quinta-feira (10).
Com 518 ocorrências, o ano de
2024 se mostra como o mais violento da série histórica produzida pelas duas
organizações, se considerada a soma dos dados do 1º turno e do período
pré-eleitoral.
No 1º turno, foram registrados:
10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13
criminalizações e 7 invasões. O número de ocorrências no período é mais do que
o dobro do número total de casos de violência política do período pré-eleitoral
deste ano, de janeiro a 15 de agosto, quando totalizou 145 casos.
A recente atualização reforça a
forte tendência de crescimento da violência política no país. No mesmo período
em 2022, foram registrados aproximadamente 2 casos de violência política por
dia. Nos 52 dias do 1º turno das eleições deste ano, ao menos sete pessoas
foram vítimas de violência política por dia.
A violência política e eleitoral
foi registrada em todos os estados do país. As três regiões do Brasil que mais
abrigam casos são: Nordeste (132 casos), Sudeste (117) e Sul (51). O estado com
maior número de ocorrências no 1º turno foi São Paulo (50), seguido de Rio de
Janeiro (38) e Paraíba (24).
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