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22 novembro 2024

INUSITADO: Prefeito eleito de Orós (CE) anuncia que vai renunciar para virar deputado e dar vaga à mãe



 

O prefeito eleito de Orós (CE), Simão Pedro Alves Pequeno (PSD), 43, anunciou que vai renunciar logo após tomar posse em 1º de janeiro de 2025, deixando o cargo para a mãe dele, Tereza Cristina Pequeno (PSB), 73, vice-prefeita eleita. Ela já foi prefeita de Orós na década de 1990.

 

Hoje suplente de deputado em exercício, ele chamou a renúncia de "plano B" para assumir efetivamente a vaga de Gabriella Aguiar (PSD) na Assembleia. A deputada, que está em licença-maternidade, foi eleita vice-prefeita de Fortaleza, na chapa encabeçada pelo também deputado estadual Evandro Leitão (PT).

 

Como Gabriella vai renunciar à cadeira da Assembleia Legislativa em 31 de dezembro, Simão, como primeiro suplente do partido, será convocado à titularidade.

 

Simão afirmou que montou a chapa pensando em não assumir a prefeitura caso Gabriella vencesse, mas disse que ninguém foi enganado com seu anúncio agora. Alegou ainda que, mesmo que Gabriella perdesse a disputa na capital, ele pretendia renunciar para disputar a eleição legislativa estadual em 2026.

 

“Isso já era o plano B, se a Gabriella ganhasse. Ela venceu, vai surgir essa vaga, e não posso perder essa oportunidade. Todos os meus parceiros políticos do município já sabiam dessa possibilidade, a população também sabia, em nenhum momento ela foi enganada”, afirmou o político.

 

Simão foi eleito em 6 de outubro com 8.287 votos (58,41% dos votos válidos) e venceu Luhanna Urya (PP), única concorrente do município que tem 21 mil habitantes e fica a 345 km ao sul de Fortaleza.

 

O advogado Gustavo Ferreira, especialista em direito eleitoral, vê possibilidade de uma eventual abertura de ação contra o prefeito eleito. “É claro que ninguém é obrigado a ficar no mandato, a renúncia é um ato unilateral. O que cabe é a discussão: se ele já tinha planejado essa possibilidade de, se eleito renunciar para que sua mãe ficasse no cargo, pode-se alegar uma eventual fraude eleitoral. Caberia uma ação chamada impugnação de mandato eletivo para discutir esse assunto”, disse Gustavo.

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