A partir desta segunda-feira (4),
o Ministério da Saúde vai substituir as duas doses de reforço da vacina oral
poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como “gotinha”, por uma dose de vacina
inativada poliomielite (VIP), injetável, de modo que o esquema vacinal contra a
doença será exclusivo com VIP.
Segundo o Ministério, a decisão
foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina
e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro.
A atualização da VIP já acontece em países como Estados Unidos e nações
europeias.
O esquema vacinal atual contempla
a administração de três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço
da VOPb, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
A Vacina Oral Poliomielite (VOP),
também chamada de gotinha ou vacina Sabin, por ter sido desenvolvida pelo
microbiologista Albert Sabin na década de 1950, é a mais utilizada contra o
vírus. Pela facilidade de aplicação, o imunizante conseguiu atingir altas
coberturas pelo mundo, eliminando o vírus de diversos países.
No Brasil, o imunizante oral
contra a pólio foi um marco. Além de ter dado origem ao famoso Zé Gotinha, que
se tornou o símbolo das Campanhas de Vacinação, o imunizante foi o grande
responsável por tornar o Brasil livre da doença que causa a paralisia infantil.
Sintomas e prevenção
A pólio é contagiosa podendo
infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com
secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. As consequências da
poliomielite normalmente correspondem a sequelas motoras e não há cura. Os
principais efeitos da doença são ausência ou diminuição de força muscular no
membro afetado e dores nas articulações.
Embora ocorra com maior
frequência em crianças, a poliomielite também pode contaminar adultos que não
foram imunizados. Por isso, é fundamental ficar atento às medidas preventivas,
como lavar sempre bem as mãos, ter cuidado com o preparo dos alimentos e beber
água tratada.
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