O governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) prevê
um salário
mínimo de R$ 1.627 em 2026, segundo técnicos do governo. O valor
constará no PLDO (projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026, a ser
enviado ao Congresso Nacional na próxima terça-feira (15). Se confirmado no
futuro, representará um aumento de 7,18% em relação ao piso atual, que é de R$
1.518.
Um dos técnicos diz, porém, que o
governo já tem atualizações que indicam a possibilidade de um salário mínimo
até maior, de R$ 1.630 no ano que vem. Mas os ministérios têm trabalhado com o
valor menor (R$ 1.627) para fechar suas estimativas setoriais.
A projeção segue a fórmula de
correção da política
de valorização, que inclui reajuste pela inflação de
12 meses até novembro do ano anterior mais a variação do PIB (Produto
Interno Bruto) de dois anos antes (neste caso, 2024).
No ano passado, a
economia cresceu 3,4%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). No entanto, o ganho real a ser incorporado será menor, de até
2,5%, graças à limitação aprovada no fim do ano passado pelo Legislativo, no
âmbito do pacote de medidas de contenção de gastos do ministro Fernando
Haddad (Fazenda).
Como o salário mínimo é baliza
para uma série de despesas obrigatórias do Poder Executivo, como benefícios
previdenciários e assistenciais, o governo decidiu limitar
o ganho real ao mesmo ritmo de expansão do arcabouço fiscal, que fica entre
0,6% e 2,5% acima da inflação ao ano. Para o ano que vem, o percentual será
definido de acordo com o aumento da arrecadação acumulado em 12 meses até junho
de 2025.
Na grade de parâmetros de março,
havia a previsão de que a expansão do arcabouço fosse levemente menor que os
2,5%. Por isso, a projeção de salário mínimo havia ficado em R$ 1.627. O piso
nacional é o valor mínimo pago em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) e BPCs (Benefícios de Prestação Continuada).
Com Folha de S.Paulo
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