O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
será transferido de Natal, no início da tarde de hoje, em uma UTI aérea da
Unimed para o Hospital DF Star, em Brasília. A informação foi confirmada pela
equipe médica do hospital Rio Grande.
O que aconteceu
Decisão foi tomada pelo
ex-presidente junto a seu médico, Cláudio Birolinii, que chegou na madrugada de
hoje a Natal. O novo boletim médico indica que o estado de saúde de
Bolsonaro segue estável, com diminuição da distensão abdominal. O doutor Luiz
Roberto Fonseca, do hospital Rio Grande, informou que o ex-presidente teve mais
de 8 horas de sono, com uma "noite tranquila".
Transferência será também para
"proximidade com família", disse Fonseca. "O desejo da
família foi preponderante" para a decisão, complementou. A decolagem será
do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana
de Natal, e a previsão é que aconteça às 15h.
“Por decisão pessoal do senhor
ex-presidente, em conjunto com sua família e seu médico assistente, doutor
Cláudio, e visando dar continuidade ao tratamento com suporte e proximidade dos
seus entes, está programada para esta tarde sua transferência para a cidade de
Brasília. O paciente permanecerá sob acompanhamento e assistência da equipe
multidisciplinar dessa instituição até o momento da remoção”. Boletim
médico do hospital Rio Grande
Neste momento, está
descartada uma cirurgia de urgência ou emergência. "Não que tenha
havido resolução do quadro. Isso demanda reavaliação periódica para que seja
tomada decisão num segundo momento. Embora no momento não haja necessidade de
intervenção cirúrgica, o que vai acontecer depende da evolução clínica",
disse Birolinii.
Sem previsão de alta, quadro
de Bolsonaro é o mais "exuberante" dos episódios que ele já
teve. Birolinii disse que o ex-presidente tem tido episódios
recorrentes de obstrução, algo característico de quem já passou por diversas
cirurgias. "Esse atual é mais exuberante", disse, referindo-se ao
fato de ele sentir mais dor e ter mais distensão abdominal. "Nos outros
episódios que ele teve, reverteu rapidamente. Esse, estamos aguardando."
O médico pessoal do
ex-presidente afirmou que esses episódios serão "recorrentes". Por
isso, Birolinni disse que a recomendação médica é que Bolsonaro "reavalie
o ritmo" de "vida muito intensa" dele até que a equipe tenha
"uma ideia de qual o caminho a ser seguido daqui para a frente".
O senador Rogério Marinho (PL)
disse que os médicos irão avaliar em Brasília a necessidade de cirurgia. "Esse
é um quadro que ele já tem desde 2018, já são quatro cirurgias que ele fez,
decorrentes do atentado que ele sofreu em 2018. Os médicos vão avaliar se há
necessidade de fazer alguma intervenção", completou o senador.
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